Depois de aquecer o corpo e a voz, proposta de atividade usando o teatro mudo e a improvisação.
Em duplas ou individualmente, os alunos terão a tarefa de montar uma cena muda (mímica) com começo, meio e fim, para retratar a rotina de uma profissão. Para tanto, o professor pode escrever várias profissões em pedaços de papel para serem sorteadas. Procure usar profissões presentes no cotidiano dos alunos e outras nem tanto (pode descrever em uma frase a profissão).
Os alunos terão 5 min para montar a cena que deverá durar 1 min. Os colegas deverão aguardar o final da apresentação (não esquecer dos aplausos) para começarem a pensar qual é a profissão apresentada. Nesse momento o professor pode intervir para apontar a importância de cada profissional para o equilíbrio da sociedade...
Como desdobramento, os alunos (ou duplas) podem relacionar suas profissões com a dos colegas (quais se complementam? como esses profissionais atuam conjuntamente?). Pode finalizar pedindo um registro por escrito sobre o assunto.
Várias são as possibilidades. Os alunos vão adorar.
Um espaço para trocas de ideias, onde sugestões de atividades e experiências vão se apresentar como cenário para uma discussão sobre a relação entre teatro e educação. Aproveite e participe.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Desdobramentos da Oficina de Teatro
As atividades propostas na oficina servirão como ponto de partida para as reflexões dos
professores, que dela participarem, sobre suas práticas pedagógicas. Cada um vai se sensibilizar com aquilo que se tornar significativo para sua própria experiência. Nesse sentido, espero que seja uma contribuição positiva auxiliando cada professor na mudança de postura em sala de aula – a partir da descoberta de talentos individuais – ou da utilização das atividades como fonte de inspiração para a concepção de novas atividades para seus alunos – permitindo que este se descubram para si mesmos e para seus professores.
É possível pautar uma prática pedagógica no Teatro, valorizando a arte e o lúdico sem
desvalorizar o conhecimento e a aprendizagem, pois ele tem em si um caráter educacional muito forte, uma vez que contempla a transmissão e defesa de ideias através de interpretações recheadas por gestos, palavras e cenários. A experiência teatral na sala de aula alia a arte – como produto e processo – com o saber formal e informal. Rechear as aulas com sons, movimentos e imagens vivenciados através da arte, usando o Teatro como arte integradora, proporciona momentos de descontração que associam a aprendizagem ao prazer e à beleza. Por outro lado, promove espaços de criação – individuais e coletivos – proporcionando o autoconhecimento dos alunos e a identificação e expansão de talentos.
O Teatro se mostra, então, como uma alternativa que auxilia e renova a escola diante dos
novos desafios impostos pela sociedade. Tais desafios colocam a necessidade de momentos para ouvir e espaços para falar, como mola propulsora para um convívio democrático e fértil.
professores, que dela participarem, sobre suas práticas pedagógicas. Cada um vai se sensibilizar com aquilo que se tornar significativo para sua própria experiência. Nesse sentido, espero que seja uma contribuição positiva auxiliando cada professor na mudança de postura em sala de aula – a partir da descoberta de talentos individuais – ou da utilização das atividades como fonte de inspiração para a concepção de novas atividades para seus alunos – permitindo que este se descubram para si mesmos e para seus professores.
É possível pautar uma prática pedagógica no Teatro, valorizando a arte e o lúdico sem
desvalorizar o conhecimento e a aprendizagem, pois ele tem em si um caráter educacional muito forte, uma vez que contempla a transmissão e defesa de ideias através de interpretações recheadas por gestos, palavras e cenários. A experiência teatral na sala de aula alia a arte – como produto e processo – com o saber formal e informal. Rechear as aulas com sons, movimentos e imagens vivenciados através da arte, usando o Teatro como arte integradora, proporciona momentos de descontração que associam a aprendizagem ao prazer e à beleza. Por outro lado, promove espaços de criação – individuais e coletivos – proporcionando o autoconhecimento dos alunos e a identificação e expansão de talentos.
O Teatro se mostra, então, como uma alternativa que auxilia e renova a escola diante dos
novos desafios impostos pela sociedade. Tais desafios colocam a necessidade de momentos para ouvir e espaços para falar, como mola propulsora para um convívio democrático e fértil.
Uma oficina de Teatro
Os participantes se apresentarão em duplas, um vai apresentar o outro para o grande grupo depois de uns minutos de conversa. Assim estamos exercitando o estreitamento das relações interpessoais, enquanto usamos estratégias de expressão oral e síntese de informações.
Em seguida, num círculo onde todos podem se ver, faremos o aquecimento da voz através de exercícios faciais (Abrir e fechar a boca, projeção da língua, movimento dos lábios...), vocalizações (vogais em sequência, por exemplo) e trava línguas. Com a voz aquecida, trabalharemos a impostação da voz e as nuances da leitura dramatizada através de um recital de poesias. Desta maneira trabalharemos a memória, o uso, projeção, proteção e potencialização da voz.
Depois da voz, o corpo. Primeiro faremos um alongamento rápido (braços sobre a cabeça, que olha para as mãos para inclinar todo o tronco e outros), começaremos a explorar o espaço (caminhadas com ritmos variados, na ponta do pé, sobre o calcanhar...) para depois trabalharmos expressões faciais (em duplas, um de frente para o outro: o que um fizer, o outro repete). Vamos explorar o movimento do corpo e a movimentação no espaço buscando um melhor aproveitamento do ambiente em que estivermos, no sentido de utilizarmos o corpo complementando a nossa linguagem.
Para finalizar a oficina, formaremos grupos para a elaboração de apresentações mudas. Cada grupo vai se posicionar de frente para a “plateia” para vivenciar, sem falas ou sons, reações de alunos diante de tipos estereotipados de professores. O grande grupo vai tentar identificar de qual tipo de professor que os “alunos” estão diante. O Teatro Mudo oferece diversas alternativas para a vivência do jogo teatral, pois nos exige o exercício da empatia. Ao nos colocarmos no lugar do outro, experimentamos suas sensações vividas.
Em seguida procuraremos nos expressar sobre tudo que presenciamos com o objetivo de organizar o pensamento de cada um a partir da fala.
Descobrindo Através da Arte Cênica Parte 2
Para preparar o corpo, podemos usar exercícios de alongamento, de concentração e de equilíbrio, valorizando o espaço físico disponível. Uma sequência de exercícios de corpo deve ser rápida e descontraída, e deve ser utilizada como uma introdução aos jogos teatrais.
Para desenvolver a voz, começamos com movimento faciais, seguimos com uma sequência de vocalizações e finalizamos com travalínguas para a dicção. Além dessas atividades, complementamos o espetáculo com uma preocupação plástica onde podemos utilizar as diversas manifestações artísticas dos alunos.
A produção plástica no teatro está sempre relacionada a alguma ideia e serve para que esta possa ser visualizada, na sala de aula, estas produções devem ter vínculo com algum conteúdo trabalhado.
Assim como a produção textual, a oralidade é um quesito muito apreciado na escola, mas para o ator, a fala é o cerne do seu trabalho. Não apenas a leitura do texto, mas as nuances, os sentimentos que, a partir deles, se expressam, o valor de cada palavra. Na sala de aula, a leitura bem feita é o primeiro passo para uma interpretação correta do texto proposto. Seja feita por um aluno, ou por um grupo, a leitura dramatizada depende de alguns fatores para que seja melhor aproveitada: deve ser feita de pé, em posição de destaque; é importante ensaiar, estudando o texto; o ideal é que o momento desta leitura seja especial, gerando expectativas.
Quando a Música é inserida no Teatro, ela se mescla à temática trabalhada em sala de aula, completando um cenário que amplia a percepção dos alunos sobre o tema trabalhado. Mas a música na sala de aula também pode ser vivenciada pelos alunos a partir da musicalidade dos sons do ambiente, na identificação de diferentes estilos musicais e na construção de instrumentos musicais.
E, finalmente, nos jogos teatrais, temos diversas linguagens diferentes que podem ser adaptadas à sala de aula, na dinâmica de um projeto. Podemos usar desde o Teatro mudo, pautado na mímica e nas expressões; a leitura dramatizada integrada à produção literária que se transforma em um recital de poesias; até uma produção teatral mais organizada, com roteiro, música, marcação de cena..., é interessante que o professor utilize essas diversas linguagens em um ano letivo, em experiências diversas os alunos desenvolvem visões complementares sobre o Teatro. Cada uma dessas propostas deve procurar integrar os conteúdos abordados no projeto, sendo utilizada também como uma forma de avaliação.
O Teatro na Sala de Aula
Da Arte Cênica, cuja manifestação central está no ato de representar (manifesto na interpretação do ator), surge a necessidade do desenvolvimento de outras competências. O ator, ao se preparar para o seu ofício, precisa exercitar a sua voz e o seu corpo para atuar em um ambiente devidamente organizado (cenário) que dá suporte ao texto teatral. Cada uma das competências apontadas, constituem áreas artísticas específicas que, na educação, podem fazer um movimento de ida e volta a partir da Arte Cênica.
As relações entre o ensinar e o encenar permitiram a introdução dos exercícios teatrais nas salas de aula de diferentes níveis. Pensando a sala de aula como um palco, professor e alunos como atores e o planejamento como o roteiro, podemos pensar, também na preparação das pessoas envolvidas do espaço para que o espetáculo aconteça.
Os fundamentos do Teatro envolvem o que está presente no ato de encenar. Um ator utiliza como instrumento o corpo e a voz; por isso essas duas dimensões precisam ser exercitadas antes da prática da interpretação em si. Na transposição da dinâmica teatral para a sala de aula, os atores que vivenciam o ato de ensinar e aprender também utilizam o corpo e a voz como instrumentos e, por isso, devem exercita-los para que estabeleçam uma comunicação mais dinâmica e efetiva em si. A Pedagogia do Teatro
O Teatro deveria ter um espaço dentro da sala de aula relacionando-se com os conteúdos, como uma ferramenta pedagógica. Mas não somente o Teatro, e sim a arte cênica como um ponto de integração entre a música, a dança, a literatura, as artes plásticas... proporcionando aos alunos a redescoberta do lúdico em um jogo democrático de ver e aparecer; falar e ouvir; e, principalmente, de aprender e ensinar.
Neste trabalho, a arte é observada sob a ótica das relações humanas, como um produto cultural que expressa e modifica tais relações. Desta forma, as ideias aqui expostas posicionam a arte (manifesta em uma linguagem teatral) como um ponto de encontro entre a sensibilização estética, o conhecimento e a percepção ética. E o teatro na educação é um caminho que desenvolve o senso ético e estético dos alunos. Mas além disso, as relações entre o ensinar e o encenar pode ser vivenciadas em uma prática pedagógica pautada nos fundamentos do teatro.
O Teatro é uma arte integradora por natureza, uma vez que exige de quem o vivencia o uso do corpo, da fala, do gesto como um caminho para a expressão e a comunicação. As manifestações artísticas apresentadas de maneira integrada a partir do Teatro permite uma visão coerente da Arte, demostrando as relações iniciais possíveis entre as diferentes faces do fazer artístico.
A Pedagogia do Teatro contribui para a formação dos alunos com o o desenvolvimento do senso ético, auxiliando na construção de valores, postura empática e crítica, ao mesmo tempo pode participar do desenvolvimento de um senso estético, através da valorização da criação associada à percepção do equilíbrio e da harmonia visual. É a associação do que é belo ao agir correto.
Descobrindo Através da Arte Cênica Parte 1
A vida na sala de aula oferece sabores e dissabores variados. Mas a docência é uma prática que exige exercício e experimentação constantes, onde cada dia, cada semana, cada trimestre, cada ano letivo se configuram como uma nova possibilidade; um reinício onde poderemos aproveitar os erros e acertos passados em busca de estratégias mais eficazes para a aprendizagem do público que recebemos.
O planejamento do professor reflete suas vivências, interesses e habilidades pessoais; deve contemplar as exigências do projeto político-pedagógico da escola e da legislação vigente; e deve, principalmente, adaptar-se às necessidades, percebidas pelo professor e sua turma, levando em consideração as individualidades lá existentes.
Existem diversas possibilidades do uso do Teatro na sala de aula a partir da relação entre Arte Cênica e Educação. Todos estão convidados a vivenciar atividades que poderão ser propostas em sala de aula, tais atividades serão contextualizadas e seu desdobramentos sugeridos.
Assim, professores e alunos serão convidados a descobrir um pouco mais de si mesmos e do grupo no qual estão inseridos, através do exercício da Arte Cênica.
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